A DAS AUDIO ACOMPANHA IZAL EM SUA TURNÊ “AUTOTERAPIA”
O técnico de FOH da conhecida banda, Mike Behrendt, desvenda os detalhes mais interessantes da turnê com os sistemas da DAS Audio.
Após a boa recepção de sua turnê “Autoterapia”, Izal não descansa e culmina sua turnê este ano com “El final del viaje /Autoterapia vol.2” para se despedir em grande estilo do público antes de um mais que merecido descanso. Os sistemas da DAS Audio acompanharam essa grande banda durante parte da turnê, na qual várias vezes foi colocado o cartaz de esgotado, com shows extras nas grandes cidades.
Mike Behrendt, técnico de som da banda, é um bom conhecedor da indústria do som. Começou sua trajetória nas empresas FLUGE e PRG, trabalhando nos festivais de música que se espalham por toda a geografia espanhola, espaço que agora conquistam junto à banda do momento. Além disso, teve a oportunidade de trabalhar como engenheiro de som para artistas como Raphael, Amaral, Luz Casal e Pablo Alborán, entre outros. Mas desde 2013, quando se colocou como responsável pelo som ao vivo da banda IZAL, Mike não parou. Imerso na turnê mais ambiciosa da banda até o momento, ele nos explica os detalhes da turnê que contou com os sistemas Aero-50 e UX da DAS Audio.
Durante a turnê, Mike testou várias configurações, em função dos requisitos de cada show. Em geral, o design foi baseado em um sistema principal de trinta Aero-50 (quinze por lado) e doze UX-221A (configuraçao L R em 4 stacks de 3 subs em configuraçao cardioide), juntamente com dezesseis Aero-40 para Outfill , seis Aero-20 para Frontfill e seis Aero-40 para Downfill.
O show da banda mergulha no imaginário de uma viagem espacial. É um espetáculo audiovisual muito ambicioso de mais de duas horas de duração. Para esta turnê, quais eram os requisitos em termos de som e como o sistema respondeu às necessidades da banda?
Estávamos procurando uma equipamento que nos oferecesse uma resposta completa, onde os planos da mixagem e todos os elementos, que são muitos, fossem fáceis de posicionar. Também era importante contar com potência suficiente para garantir uma “pegada”, como se costuma dizer, mas sem causar distorções indesejadas. Como resultado final, conseguimos o que procurávamos. O equipamento atendeu a todos esses requisitos e os resolveu de maneira bem-sucedida. O equipamento também foi bem aceito por parte da equipe de produção da turnê, porque encaixava perfeitamente dentro das suas margens de ação.
Vocês já se apresentaram em todos os tipos de locais (WiZink Center, Sports Palace de Granada e nas arenas de touros de Valência e Alicante), até fazendo dobradinhas. Tendo em conta a variedade de tamanho e de tipos de recintos pelos que vocês já passaram, como você descreveria o desempenho dos sistemas Aero-50 e UX?
Posso dizer que encontramos o equilíbrio certo desde o início, quando começamos a trabalhar com a DAS.
Como todos os equipamentos, você precisa aprender a tirar o máximo proveito e após vários anos de pilotagem (tanto pela FLUGE ou, agora, com a turnê), encontramos um resultado que nos convence e atende aos requisitos necessários.
Em todos os espaços onde levamos o equipamento, ele teve um desempenho correto. Depois de trabalhar o equipamento, e vendo a resposta que ele nos ofereceu, estávamos melhor preparados para acertar tanto nos designs quanto na quantidade de caixas, adequados a cada espaço onde deveríamos trabalhar.
Você já teve a oportunidade de experimentar diferentes configurações com o UX?
Exceto suspendidos, trabalhamos com todos os tipos de configurações, ainda que na turnê tenhamos trabalhado com somente uma configuraçao.
Para o meu gosto, a melhor maneira de trabalhar com o UX é de 3 stacks (3 unidades por stack) de cada lado, em configuraçao cardioide, com a opção de alterar o lobo do bloco. Isso significa que podemos ajustar tempos diferentes entre as stacks laterais, em comparação com a central, com tempos muito curtos, entre 0,2ms e 1,2ms. Me parece a maneira mais simples e eficaz de trabalhar com eles.
Quando você ajusta o sistema, qual é o seu fluxo de trabalho?
O importante para mim é o design do sistema (é um trabalho anterior, mas talvez o mais importante). Gosto do equipamento pendurado no alto, se o evento permitir (entre 6-8m do solo até o primeiro eixo), com uma dispersão vertical homogênea e sempre em ângulo, mesmo que a distância seja grande. A partir daqui, presto muita atenção em obter uma montagem na qual os eixos coincidam exatamente.
Com isso, tomo várias medidas centrais e laterais para ver a resposta e saber se todos os elementos do sistema estão corretos. Então, faço correções de EQ no sistema principal.
Em uma posição central, 10mts na frente ou atrás do controle, ajusto o nível e a fase em relação ao equipamento principal com os subwoofers.
Depois de terminar o sistema principal com o ajuste dos subwoofers, ajusto o restante dos elementos: níveis, tempos e respostas.
Que resposta de frequência você precisa para que sua mixagem funcione?
A resposta deve ser completa (20Hz-20kHz) conforme solicitado no rider, mas a área de trabalho real do nosso show é 30Hz-18kHz. Se esta área funcionar corretamente, o show funcionará.
Se você tivesse que destacar um aspecto do desempenho do sistema …
Ao ar livre é onde o equipamento funciona melhor. Seu comportamento, em função do design que você faça ou das limitações com que tenha que trabalhar, é bastante homogêneo em todas as zonas do recinto.
Agora que se aproxima o final da turnê, desejamos a Mike tudo de bom e agradecemos a ele por compartilhar seu conhecimento conosco apesar de sua apertada agenda.